31 maio 2007

É sempre, sempre, sempre em frente.

Não tenho andado muito bem. Talvez o tempo também tenha influência. Sentia-me esgotada, à deriva, sem quase nada para dar, nem vontade de o dar. Nada de novo acontecia. Cansei-me de estar acomodada. Casa, trabalho, as mesmas caras, os mesmos assuntos. Só queria gritar. Só queria gritar bem alto, no Guincho. Não foi necessário. Estou a preencher-me. Sem me aperceber, comecei a mudar o meu estilo de vida, a descobrir o que gosto mesmo de fazer. Estou muito mais tranquila e relaxada. Tenho novos projectos. Quero concretizar sonhos antigos e os novos já estão a fermentar. Tenho objectivos, tenho rumo. E principalmente, tenho muita vontade. Ainda não estou em "ponto de rebuçado" mas para lá, caminho.

"Muda de vida se tu não vives satisfeito, Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar, Muda de vida, não deves viver contrafeito, Muda de vida, se há vida em ti a latejar..." António Variações


E como latejava...

30 maio 2007

Ama-se e "prontes"!

Ontem, no café, o tema da tertúlia era: Modos de amar: Quais as diferenças entre o Amar de uma mulher e de um homem?
Depois de muito debatermos, ideias, a maior parte das vezes, sem uma definição possivel e sentimentos, inexplicáveis. Depois, da acessa e apaixonada intervenção do Jonas e do olhar amargurado e incrédulo da Nocas. Aqui vai. Sei que não dá para generalizar, cada caso é um caso e principalmente ama-se sempre de modos diferentes, e com intensidades diferentes. Sente-se na pele. Ama-se e "prontes". Para mim, é assim que uma mulher, Ama.

Sei de cor cada lugar teu,
atado em mim, a cada lugar meu,
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar,
tento esquecer a mágoa,
guardar só o que é bom de guardar.

Pensa em mim protege o que eu te dou,
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou,
sem ter defesas que me façam falhar,
nesse lugar mais dentro,
onde só chega quem não tem medo de naufragar.

Fica em mim que hoje o tempo dói,
como se arrancassem tudo o que já foi,
e até o que virá e até o que eu sonhei,
diz-me que vais guardar e abraçar,
tudo o que eu te dei.

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos,
e o mundo nos leve pra longe de nós,
e que um dia o tempo pareça perdido,
e tudo se desfaça num gesto só.

Eu Vou guardar cada lugar teu,
ancorado em cada lugar meu,
e hoje apenas isso me faz acreditar,
que eu vou chegar contigo,
onde só chega quem não tem medo de naufragar.

Mafalda Veiga

29 maio 2007

Musik.

Há músicas que têm o poder de mudar o nosso dia.
"Assarapantada", ainda a dormir, atrasada para o trabalho, presa num engarrafamento sem fim, céu nublado a prometer chover, a ouvir buzinadelas ao fundo e a ver pessoas histéricas a refilar e a gesticular furiosamente, atrás do volante. Até que a ouvi. Apesar de velhinha, surtiu efeito... o Sol apareceu e prometeu-me que viria para ficar. E o meu dia começou *****.
E para mais tarde recordar...

Don't stop believing Journey

28 maio 2007

Miss Caracoleta.

Cheguei à conclusão, que sou como o caracol. Ando com a casa às costa, ou melhor, ao braço.
A minha mala pesa toneladas. E todas elas, mais que necessárias. :) É impressionante, mas a cada dia que passa, a mala vai enchendo cada vez mais. E a minha, cresce a olhos vistos. Qualquer dia, tem vida própria.
Já tentei tudo.
Já andei com malas pequenas e é muito complicado. Parece que me falta a perna direita. E aborrece-me, porque nessas alturas, preciso sempre de algo, que quando andava com o "malão" nem me lembrava que trazia. E agora faz tanta falta! Por isso, não largo o meu malão por nada.
Decididamente, não sou mulher de malas pequenas.
Gosto dos meus malões bem recheados, cheios de correspondência, molhos de chaves e moedas caídas. Gosto de ter de tirar tudo da mala, para cima da mesa do café, à procura do porta-moedas ou de não saber em que bolsa é que estão os óculos escuros.
Como é possivel dizerem, que o tamanho não importa. Neste caso, para mim, é vital.
Quanto maior a mala , maior a aventura.

Pára cabeça, pára!

É verdade, penso demais. Penso no que não devia. Mas não consigo fazer nada, não consigo ser de outro modo. Adorava ter um botão, para de vez em quando desligar-me. Desligava-me várias vezes ao dia. Era tão bom, ter a cabeça vazia. Mas não dá.
Penso no que foi, no que está a ser e no que poderia ter sido. E agora? O que é que posso fazer?
Se pudesse mudar algo me mim, era isso. Não queria pensar tanto, ou melhor, queria esquecer mais. É isso. Quero ter um botão delete. Seria tudo tão mais fácil.
Mas enquanto não é possivel. Aqui me têm... Pensativa até ao tutano.

Bem, vou "deletar" este post.

A mãe Pintaínha.

Hoje, queria que estivesses perto de mim.
Hoje, eras tu a pintaínha e eu a mãe galinha.

25 maio 2007

Hoje à tarde.

Há pessoas que parece que não entendem. Só quero ficar quietinha no meu canto. Tranquila. Não quero fazer palhaçadas, nem dar gargalhadas, não vou fazer danças malucas, não quero vestir cores alegres, não quero falar sobre o que se passa lá fora e muito menos sobre o que se passa cá dentro, não quero olhar olhos nos olhos, não quero ouvir o que já sei. Quero ficar longe do barulho, da agitação, da testósterona. Quero ficar sossegadinha.Quero só ficar... pelo menos hoje.

18 maio 2007

Era tudo tão mais fácil... ou não?

Sempre adorei ficar até ao pôr de sol na praia.
Quando era pequenina, nos meus tão saudosos verões na costa vicentina, quando o Sol se punha, ia a correr para a água. Mergulhava. E ficava debaixo de água quase até perder o fôlego.
E não havia meio de o ver. Isto acontecia todos os dias. Mergulhava incessantemente, à espera dele. E nada.Queria ver o Sol a brilhar debaixo de água. Fazia-me mesmo confusão! Ficava completamente baralhada. Afinal, se quando vinha à tona via metade do Sol a brilhar, a outra metade só poderia estar a fazer o mesmo debaixo de água.
Mas porque é que não o conseguia ver?

16 maio 2007

Note to self.

Acorda pr'á vida!É mais que urgente que deixes de ser Tonta.
Já!

15 maio 2007

Memória de peixe.

Sempre me aconteceu... Quando não vejo alguém que gosto muitissimo e que significa muito para mim, esqueço-me da sua cara. Ridiculo. Eu sei. Supostamente, deveria o contário.
Poderia esquecer todas as caras excepto estas.
Recordo-me do timbre da voz, do cheiro, até dos tiques, mas da cara propriamente dita, não. Zero. E parece que quanto mais tento mais dificil se torna.
Quando as revejo é um susto.É como se fosse a primeira vez. Os meus olhos custam a engatar nos seus, tenho uma necessidade imensa de quando falo estar constantemente a tocar-lhes no braço, sem que percebam, de modo, a que saiba que estão mesmo lá, pertinho de mim.
Estas caras deveriam estar guardadinhas dentro de mim. Sem a minima alteração. Cada sinal no seu devido lugar, cada ruga de expressão imaculadamente colocada num sitio que considero perfeito, cada olhar congelado na minha memória.
Acho que para mim seria mais fácil. Seria mais fácil pensar nelas, imaginá-las, mas, principalmente, sonhá-las. Que isto de sonhar com pessoas sem cara, "já deu o que tinha a dar".

Chama-se...

Se nos é praticamente impossivel identificar o momento exacto em que nos apaixonamos. Conseguimos identificar, com a maior precisão cientifica e rigor matemático, o momento exacto em que nos apercebemos que um amigo está completamente apaixonado. Muitas vezes, acontece mesmo antes, que eles se apercebam.
Ontem, recebi um telefonema :
"E então, a vida?"
"O normal... muito trabalho, pouco tempo, não tenho ido ao café, conheci uma rapariga, 'tou mesmo cheio de trabalho, nem tem dado para sair, chama-se JOOAANAA."
Esbocei um sorriso.
Quando ouvi o nome dela, ou melhor, quando ouvi o modo como disse o nome dela, apercebi-me de imediato... estava apaixonadíssimo. Ele contudo, ainda não tem a minima noção do que lhe está a acontecer...
Tinha respirado fundo, enchido a boca TODA e demorado o dobro do tempo que levaria normalmente para dizer o nome dela. Chama-se JOOAANAA!

14 maio 2007

Principe.

I'll stay still for a moment...

so you'll find me.

08 maio 2007

I'm bringing sexy back.


Afinal, ainda não me "cansei de ser sexy", ou de ser muito sexy :)
A sexy está de volta...
lol

07 maio 2007

Era uma vez ou Serei outra vez?


Foi uma grande noite... Foi a noite de reencontar uma GRANDE amiga.
Havia muito a contar...tanto!!!Uma noite só não chegava.Afinal, foram quase dois anos...
O bairro Alto foi o cenário eleito.Não poderia ter sido de outro modo, afinal, foi este bairro que à dez anos atrás foi testemunha das nossas aventuras.
Quando olhei para ela, estava exactamente na mesma.Os anos não tinham passado. Nada tinha mudado...
As cusquices foram o aperitivo. A incredibilidade por novidades de pessoas de outros tempos. As gargalhadas que pareciam não acabar.
Quando as história se voltaram para a primeira pessoa do singular... e comecei a ouvir por tudo o que tinha passado, no tempo em que o nosso contacto foi limitado a sms's de felicitações, mails de novidades resumidas e telefonemas curtos "Olá, é só para saber se está tudo bem...", comecei a aperceber-me que afinal, tudo nela estava diferente.
A força interior tinha dado lugar à apatia, a alegria à desilusão, a tranquilidade era agora ansiedade, o gosto pela vida era agora muito pouco. Está com o dedinho do pé a tocar na depressão e o amor próprio foi substituído pelo amor obsessivo a ele.
Tem agora, um enorme desejo que tudo volte a ser como antigamente e não sabe bem como... só sabe que o caminho será longo.
Eu lá estarei.