Knock, knock.

Não me considero uma pessoa mal educada, arrogante ou antipática, embora saiba que tenho um feitio com um cheirinho a "complicado". É mesmo muito raro discutir com alguém ou dar uma resposta menos simpática, o que não quer dizer que me possam dizer tudo aquilo que bem vos apeteça. O ponteiro do meu medidor "não há cú que aguente" vai atingindo valores assustadores, até chegar ao seu limite. E aí, meu amigos, não é uma coisa bonita de se ver. Há coisas que simplesmente não aturo, vindo de quem vier.

A Isabel, 30 e poucos anos, é uma senhora que trabalha na gerência dos escritórios, nada tem a ver com a empresa para a qual trabalho ou com as empresas ali sediadas, embora considere que tenha. À primeira vista é bastante simpática, extrovertida, divertida. Mas, à medida que o tempo foi passando, conheci o lado sombrio da Isabel, as ironias, os comentários desagradáveis, a intromissão no meu trabalho, o olhar para o relógio cada vez que entro ou saio do escritório. Escusado será dizer, que a minha paciência foi chegando ao limite e que a cada dia, que passava estava à espera de um rompante, menos agradável (embora, sempre em cima da bela da sandalucha), da minha parte. Ontem, o medidor acusou 600 em 500 c !!! Uiiii!

Entra no meu escritório (normalmente, vem a 400km/h, fazendo um ruído ensurdecedor pelo corredor a fora, com as suas passadas largas e pesadas, bate uma vez e abre automaticamente a porta, tirando-me do sério. O meu medidor, fica fora de si e de mim, cada vez que ela faz isso. Hoje, encontrou a porta "acidentalmente" trancada e o peso do seu corpo, veio descontroladamente embater contra a porta.

Tivemos pena!!! Muita pena!!!

Tentámos controlar o riso... e o medidor voltou ao zero!!!

ZERO, Isabel!!!! ZERO!!!!